Acerca de mim
- Bona Dea
- Portugal
- Honesta sem preconceitos, amorosa sem luxúria, casta sem formalidades, recta e sempre viva.
segunda-feira, 29 de dezembro de 2008
Relato de um homem que depilou os tintins
Depois de postar aqui sobre a depilação feminina, chegou agora a vez dos homens. Pois, quando vos calha a vocês... a coisa deixa de ter piada não é?!
Eu se fosse a moça... antes de começar o serviço, amarrava-o de forma firme... assim terminava a questão sem aqueles sulipampos.
E DIZ ELE:
"Estava eu a ver TV numa tarde de domingo, naquele horário em que não se pode inventar nada para fazer, pois no outro dia é segunda-feira, quando a minha esposa se deitou ao meu lado e começou a brincar com minhas 'partes'.
Após alguns minutos ela teve a seguinte ideia:
- Por que é que não me deixas depilar os teus 'ovinhos', pois assim eu poderia fazer "outras coisas" com eles.
Aquela frase foi igual a um sino na minha cabeça. Por alguns segundos imaginei o que seriam "outras coisas". Respondi que não, que doeria coisa e tal, mas ela veio com argumentos sobre as novas técnicas de depilação e eu a imaginar as "outras coisas", não tive argumentos para negar e concordei.
Ela pediu-me que me pusesse nu enquanto ia buscar os equipamentos necessários para tal feito. Fiquei a ver TV, porém a minha imaginação vagueava pelas novas sensações que sentiria e só despertei quando ouvi o biip do microondas.
Ela voltou ao quarto com um pote de cera, uma espátula e alguns pedaços de plástico. Achei estranhos aqueles equipamentos, mas ela estava com um ar de "dona da situação" que deixaria qualquer médico urologista sentir-se um principiante.
Fiquei tranquilo e autorizei o restante processo. Pediu-me para que eu ficasse numa posição de quase-frango-assado e libertasse o aceso à zona do tomatal.
Pegou nos meus ovinhos como quem pega em duas bolinhas de porcelana e começou a espalhar a cera morna. Achei aquela sensação maravilhosa! O Sr. 'tolas' já estava todo 'pimpão' como quem diz: 'Sou o próximo da fila!'
Pelo início, imaginei quais seriam as "outras coisas" que aí viriam. Após estarem completamente besuntados de cera, ela embrulhou-os no plástico com tanto cuidado que eu achei que ia levá-los de viagem. Tentei imaginar onde é que ela teria aprendido essa técnica de prazer: Na Tailândia, na China ou pela Internet?
Porém, alguns segundos depois ela esticou o 'saquinho' para um lado e deu um puxão repentino. Todas as novas sensações foram trocadas por um sonoro "A PUUUUTA QUEEEE TE PARIUUUUUUU", quase gritado letra por letra.
Olhei para o plástico para ver se a pele dos meus tin-tins não tinha vindo agarrada. Ela disse-me que ainda restavam alguns pelinhos, e que precisava repetir o processo. Respondi prontamente: Se depender de mim eles vão ficar aí para a eternidade!
Segurei o Sr. Esquerdo e o Sr. Direito nas minhas respectivas mãos, como quem segura os últimos ovos da mais bela ave amazónica em extinção, e fui para a banheira. Sentia o coração bater nas 'pendurezas'.
Abri o chuveiro e foi a primeira vez na minha vida que molhei a salada antes de molhar a cabeça. Passei alguns minutos deixando a água gelada escorrer pelo meu corpo. Saí do banho, mas nestes momentos de dor qualquer homem se torna num bebezinho: faz merda atrás de merda.
Peguei no meu gel pós barba com camomila "que acalma a pele", besuntei as mãos e passei nos 'tomates'.
Foi como se tivesse passado molho de piri-piri. Sentei-me no bidé na posição de "lavagem checa" e deixei a água acalmar os ditos. Peguei na toalha de rosto e abanei os "ditos" como quem abana um pugilista após o 10° round.
Olhei para meu 'júnior', coitado, tão alegrezinho uns minutos atrás, e agora estava tão pequeno que mais parecia o irmão gémeo de meu umbigo.
Nesse momento a minha esposa bate à porta da casa de banho e perguntou-me se eu estava bem. Aquela voz antes tão aveludada e sedutora ficou igual a uma gralha. Saí da casa de banho e voltei para o quarto. Ela argumentava que os pentelhos tinham saído pelas raízes, que demorariam a voltar a crescer. Pela espessura da pele dos meus tin-tins, aqui não vai nascer nem sequer uma penugem, disse-lhe.
Ela pediu-me para ver como estavam. Eu disse-lhe para olhar mas com meio metro de intervalo e sem tocar em nada, acrescentando que se lhe der para rir ainda vai levar PORRADA!!
Vesti a t-shirt e fui dormir, sem cuecas. Naquele momento sexo para mim nem para perpetuar a espécie humana.
No outro dia de manhã, arranjei-me para ir trabalhar. Os "ovos" estavam mais calmos, porém mais vermelhos que tomates maduros. Foi estranho sentir o vento bater em lugares nunca d'antes soprados.
Tentei vestir as boxers, mas nada feito. Procurei algumas mais macias e nada. Vesti as calças mais largas que tenho e fui trabalhar sem nada
por baixo.
Entrei na minha secção com uma andar igual ao de um cowboy cagado. Disse bom dia a todos, mas sem os olhar nos olhos, e passei o dia inteiro trabalhando de pé, com receio de encostar os tomates maduros em qualquer superfície.
Resultado, certas coisas só devem ser feitas pelas mulheres. Não adianta nada tentar misturar os universos masculino e feminino."
sexta-feira, 19 de dezembro de 2008
Meia dúzia de coisas
2-Musica, não importa onde, se não houver musica canto. (não é complicado verem-me a cantar no meio da rua)
3-Um jantar italiano.. hum adoro massa.
4-Rir e fazer rir.
5-Falar, sou do tipo de pessoa que mete conversa com as pessoas que estão na mesma fila de espera que eu.
6- Dias de chuva.
6 coisas que Odeio
1- Coentros, só de me lembrar do cheiro até fico mal disposta, para mim os coentros deviam estas na lista de ervas daninhas.
2-Verão a 40 graus, gosto de verão, mas de muito calor nem por isso. O meu verão para ser prefeito tinha de ser passado dentro de agua, de preferência em agua salgada com o equipamento de mergulho.
3-Pessoas que dizem, “de maneiras que” e “prontos”
4-Andar de elevador, se for sozinha ainda sou capaz, mas com mais de 4 pessoas prefiro subir até ao 9º andar de escadas.
5-Pessoas pessimistas e que sentem pena delas próprias. Que dizem mal da vida e que não fazem nada para mudar.
6-Ser acordada aos gritos, se querem ver uma pessoa zangada o dia todo…
quinta-feira, 20 de novembro de 2008
Estamos a criar flores de estufa?
Ok. Eu sei que há que proteger as crianças mas tanto?
Olhando para a miudagem de hoje fico com pena deles. Pois apesar de terem 1001 brinquedos cheios de tecnologia, acabam por não serem crianças de verdade.
- Para quê imaginar que uma escova de sapatos é um telefone quando aos 7 anos já se tem um telemóvel.
- Quantos miúdos brincam aos espiões, espiando a Velha dos Gatos que vive lá na rua ou aquele senhor que sai de casa sempre a mesma hora com um ar suspeito? Muito poucos, pois há tantos jogos de PC onde se pode ser espião.
- Será que ainda há alguma criança que sabe qual o sabor da cola UHU?
É deprimente saber que podemos estar a criar uma geração que não vai ser imaginativa, criativa, curiosa e inquisidora. Pois nunca teve de inventar brincadeiras, pois ou tem PC’s e consolas ou então estão inscritos em uma infinidade de actividades (karate, musica, natação, etc.)
Soltem as crianças, deixem que elas se sujem na lama, que descubram que as formigas picam na língua, que legos é brinquedos tradicionais podem dar horas de entretenimento.
Tenho um desafio.
Desafio, todos os adultos a ajudar um filho/filha, sobrinhos, primos… a fazer um carrinho de rolamentos e depois juntar-se a eles numa corrida louca rua abaixo.
“ah e se ele parte um braço ou uma perna?”
E!! qual é o problema?? Tudo bem que dói, mas depois há a parte boa, não escrever nas aulas, os amigos a carregas as nossas coisas e a fazer desenhos no gesso.
Toca a por estes miúdos a brincar, dediquem um fim-de-semana a uma criança em vez de irem passear para o centro comercial.
sábado, 18 de outubro de 2008
Como foi bom =)
Lembrei-me da minha escolha primária (Escola Primaria Nº68 de Lisboa) e de que, nos meses de Outono, roubava castanhas ao senhor da mercearia e no final ficava cheia de remorsos e dizia a minha mãe. Ela dava-me 20 escudos para comprar castanhas no dia seguinte mas eu…. Ficava com o dinheiro e voltava a fazer o mesmo. O que vale, é que tinha, e tenho, as mãos pequenas e estamos a falar num roubo de umas 5 castanhas por isso o pecado não é muito grande.
E quando fui para o 7º ano!! Escola fantástica, (E.B 2+3 Nuno Gonçalves). Aí sim, bons amigos, grandes historias. Tenho tantas saudades do pessoal dessa altura. A Ana Carina, Pedro (russo), Jorge, Luis, Inês, Helena, Eva…. São tantos e tantas historias.
Depois os amigos da “minha” rua, as birras entre o Bruno e o Jorge, a Carla. As tardes e noites a ouvir o Pedro e o Vidigueira a tocar viola, o Tomatinho. (que saudades)
Sei de muitas pessoas que não gostaram da adolescência, mas eu adorei. Acho que foi a melhor altura da minha vida. Foi onde ganhai o sonho de mudar o mundo, sonho complicado mas que continuo a tentar.
Resumindo, bons tempos, bons amigos e muitas saudades.
terça-feira, 14 de outubro de 2008
Doente
segunda-feira, 6 de outubro de 2008
Dia do Mundo Perfeito
Hoje quero que o mundo seja perfeito, olhar o Mundo com óculos cor de rosa.
Não quero ouvir falar de crises financeiras, roubos, mortes, guerras, fome… hoje não.
Por isso nem vou ler jornais e muito menos ver telejornais.
Sim porque hoje o mundo é perfeito.
E se não for capaz de fazer tudo isto hoje vou instaurar a Segunda-Feira como o dia do “Mundo Perfeito”
quinta-feira, 25 de setembro de 2008
Sem Palavras (Aquecimento Global; Total Warming)
Este é, para mim, a melhor “publicidade” que esta a passar na Tv.
Tive conhecimento dela ontem à noite no Canal 2 e achei que era fantástica um exemplo claro que muitas vezes “uma imagem vale mais que mil palavras”
quarta-feira, 3 de setembro de 2008
sexta-feira, 22 de agosto de 2008
Jogos (d’vergonha) Olímpicos
- Marco Fontes (lanç. Peso): “De manhã só é bom na caminha, pelo menos comigo”
Estas são algumas das desculpas esfarrapadas usadas mas há outras, igualmente parvas, das quais não me recordo. Como a da Sra. Susana Feitor que usa a mesma desculpa à anos, assim como o Sr.Francis Obikwelu que nem a segunda prova onde estava inscrito (200m) compareceu.
Chega. Queremos mais…”
sexta-feira, 1 de agosto de 2008
No meu tempo não era assim
quinta-feira, 17 de julho de 2008
Loiras Vs Morenas
segunda-feira, 14 de julho de 2008
Talvez não Saibam...
…que Jesus Cristo andava de pé sobre as águas, única e exclusivamente porque não sabia nadar.
…que essa historia de serem as cegonhas a trazer os bebes de Paris, não passa de uma figura poética.
…que ninguém pode saltar do telhado sem para lá ter subido.
…que os gelados, no Inferno, são feitos de chumbo derretido.
…que o “bom ladrão” da Bíblia era assim conhecido porque dava à mãe metade do que roubava.
…que para ser democrata-cristão, não é obrigatório nem ser democrata nem cristão.
domingo, 13 de julho de 2008
Rescaldo do Mercado de Óbidos
A noite começou bem, logo à entrada da Vila uma sangria e um pão com chouriço, para preparar o estômago. Subimos a Vila para entrar no castelo, e fomos em busca dos nossos irmãos Alquimistas para nos deleitarmos com uns belos licores e sangria com canela. Desgraça total, pagávamos uma rodada eles davam outra. A festa terminou no mesmo local onde começou com mais uma sangria e um pão com chouriço.
Minda, Miguel e Vera agarrados a bela da sangria e do chouriço
Resumindo, das tendinhas pouco ou nada vimos, dos grupos de musica só mesmo de longe. Pois o chamamento dos copos era mais forte chegando a um ponto que já tinhamos copos espalhados por todos os pontos de venda de alcool da feira.
Foi uma noite cheia de risos, e soluços da minha parte, que se prolongou pelo caminho de volta a casa com o Clã Antunes a cantar grandes êxitos musicais de Carlos Paião, Elton John e outros mais que eu não me lembro.
sábado, 12 de julho de 2008
Será da nossa "Alma Lusa"?
O combustível sobe 1 Cêntimo – o povo diz (com razão) “é uma vergonha, um roubo…”
iPhone custa entre € 219,90 e € 599,90 (esgota em horas)- o povo diz (?!?!?!?) “altamente vou comprar também”
Como é Portugal!! O que é mais vergonhoso, o aumentos dos bens essenciais, ou a nossa mania em gastar dinheiro em coisas que não tem qualquer tipo de interesse?
sexta-feira, 11 de julho de 2008
Homens Vs Mulheres
- A cura da calvície
- Um Deus que as acuda
- O anti-rugas miraculoso
- A depilação indolor
- O sétimo sentido
- Uma carreira invejável
- A certeza de que não vai virar uma velha gorda
- Um homem que não a acuse de exagerar reacções
- Salário de homem
- Não se sentir compelida a preencher os silêncios de uma conversa
- Um batom que dure oito horas
- Um plano de saúde que cubra limpeza de pele
- Acordar com bom hálito
- Romance eterno, mesmo depois de 20 anos de casada
- Um corpo que não precise de ginástica
- A garantia que os filhos serão psicologicamente ajustados
- A cura da celulite
- O anticoncepcional sem contra-indicações
- Uma fada madrinha
- Ser o centro das atenções
- A dieta definitiva
terça-feira, 8 de julho de 2008
Primeira Depilação
"Tens de tentar. Vai ficar lindo." Foi assim que decidi, por livre e espontânea pressão de amigas, me render à depilação na virilha. Falaram que eu ia me sentir dez quilos mais leve. (palavras magicas estas dos 10Kg)
Disseram que o meu namorado ia adorar, que eu nunca mais ia querer outra coisa. Eu imaginava que ia doer, porque elas ao menos me avisaram que isso aconteceria.
-boa tarde, queria marcar depilação com a Paula.
- Vai depilar o quê?
- A Virilha.
- Normal ou cavada?
É pá. Eu lá sei o que é uma virilha cavada. Mas já que é para fazer…
- Amanhã, às... Deixa eu ver...13h?
Chegou o dia em que ia perder dez quilos. Almocei uma coisa leve, porque sabia lá eu o que me esperava, vesti uma roupa bonita, para ficar chique. Escolhi umas cuecas apresentável. E lá fui.
Assim que cheguei, a Paula já estava a minha espera. Rapariga alta, muito bonita.
Pediu que eu a seguisse até o local onde o ritual seria realizado.
Saímos da sala de espera e entrei num corredor. De um lado a parede e do outro, algumas cortinas brancas. Por trás delas havia gemidos, gritos, conversas.
Fiquei com um frio na barriga ali mesmo, sem desabotoar nem um botão. Eis que chegamos ao nosso cantinho: uma maca, cercada de cortinas.
- Querida, pode deitar.
Tirei as calças e, timidamente, fiquei lá estirada de cuecas na maca.
Mas a Paula mal olhou para mim. Virou as costas e ficou de frente para uma mesinha. Onde estavam os aparelhos de tortura. Vi coisas estranhas.
Uma panela, uma máquina de cortar cabelo, uma pinça. Oh meu Deus, parecia uma sala de sadomasoquismo. De repente ela vem com um cordel na mão.
Fingi que era natural e sabia o que ela ia fazer com ele, mas fiquei surpreendida, quando ela passou a cordinha pelas laterais das cuecas e deu um nó bem forte.
- Quer bem cavada?
- É... é, isso.
A Paula só deixou as cuecas a tapar uma fina faixa da badana.
-Os pêlos estão grandes demais. Vou cortar um pouco senão vai doer mais ainda.
- Ah, sim, claro.
Claro nada, não entendia nada do que ela fazia. Mas confiei. De repente, ela volta da mesinha de tortura com uma espátula com um líquido viscoso e quente (via pelo fumo).
- Pode abrir as pernas.
- Assim?
- Não, querida. Dobre os joelhos e depois mete as pernas para o lado.
- Arreganhada, então?
Ela riu. Que situação….
E então, a ela passou a primeira camada de cera quente em minha virilha Virgem. Muito bom, quentinho, agradável. Até a hora de puxar.
Foi rápido e fatal.
Achei que toda a pele de meu corpo tivesse saído, que apenas os meu ossos tinham ficado na maca.
Não tive coragem de olhar. Achei que havia sangue jorrando até o teto. Até contei os azulejos da parede só para disfarçar a minha expressão, para fingir que era tudo super natural.
Então a Paula perguntou se estava tudo bem quando me viu roxa. Eu tinha-me
esquecido de respirar… Tinha medo de que doesse mais.
- Tudo óptimo. E você?
Ela riu de novo como quem pensa "rapariga estranha". Mas deve ter aprendido a ser simpática para manter clientes. O processo medieval continuou. A cada puxada eu tinha vontade da espancar.
Lembrava-me das minhas "amigas" recomendando a depilação e imaginava que era tudo uma grande conspiração, só para me fazer sofrer. Todas recomendam porque se cansam de sofrer sozinhas.
- Quer que tire dos lábios?
- Não, eu quero só virilha, bigode não.
- Não, querida, os lábios dela aqui ó.
Não, não, pára tudo. Depilar os tais grandes lábios? Fogo, que ideia. Mas quem está na maca tem que se fuder mesmo…
-Ah, arranca p’aí. (Faz isso valer a pena).
Não bastava minha condição, a depiladora do lado invade a salinha e dá uma olhadela na senaita.
- Olha, esta a ficar linda.
- Mas está cheia de pelos encravados aqui. Olha de perto.
Se tivesse sobrado algum pentelhinho, ele teria abanado com a respiração das duas.
Só faltava lá esfregarem a cara. Fechei os olhos e pedi que fosse um pesadelo. "Tira-me daqui meu Deus, teletransporta-me para Marte por favor". Só voltei à terra quando entre uns blábláblás ouvi a palavra pinça.
- Vou dar uma pinçada aqui, porque ficaram um pelinhos, tá?
- Pode pinçar, tá tudo dormente mesmo, não sentindo nada.
Estava enganada. Senti cada picadinha daquela pinça, filha da puta, a arrancar cada cabelinhos resistentes da pele já dolorida. E quis matá-la. Mas mal sabia eu, que o motivo para eu querer fazer isso ainda estava para vir.
- Vamos ficar de lado agora?
- Hein?
- Deitar de lado para fazer a parte cavada.
Pior não podia ficar. Obedeci à Paula.
Deitei de lado e fiquei esperando novas ordens.
- Segura o rabinho aqui?
- Hein?
- Afasta as bordas do rabinho.
Tive vontade de chorar. Eu não podia ver o que ela via. Mas ela estava de cara para ele, o olho que nada vê. Nem a minha ginecologista esteve tão perto desse olho. Quis chorar, gritar, peidar na cara dela, para ver se ela ficava envenenada. Fiquei a imaginar a Paula a acordar à noite com um pesadelo. O marido perguntaria:
- Tudo bem, amor?
- Sim... só sonhei de novo com o cu de uma cliente.
Mas de repente, fui novamente trazida para a realidade. Senti o aconchego falso da cera quente besuntando meu Twin Peaks. Não sabia se ficava com mais medo da puxada ou da vergonha da situação. Sei que ela deve ver mil cus por dia.
Aliás, isso até alivia minha situação. Por que ela lembraria justamente do meu entre tantos?
E aí veio o pensamento: p’era, mas tem cabelo lá? Fui impedida de continuar com o raciocínio.
Ela puxou a cera. Achei que o rabo tivesse ido toda embora, num só puxão, arrancou qualquer coisa que tivesse ali. Com certeza não havia nem uma preguinha para contar a história.
Mordia a almofada e grunhia ao mesmo tempo. Sons pré-históricos, palavrões, pedidos de súplica e perdão pelos meus pecados, tudo junto.
- Vira agora do outro lado.
Porra.. por que não arrancou tudo de uma vez?
E então, piora. A vaca da sala ao lado entra outra vez…
- Paula, tens um chumaço de algodão?
Apenas uma lágrima solitária escorreu de meus olhos. Era dor demais, vergonha demais.
Aquilo não fazia sentido. Estava me depilando para quem afinal? Ninguém ia ver o olhino tão de perto daquele jeito. Só mesmo a Paula. E agora a vizinha inconveniente.
- Terminamos. Pode virar que vou passar a maquininha.
- Máquina de quê?! (mais dor não!…)
- Para deixar ela com os pêlos curtinhos, que nem um campo de futebol.
- Dói? (perguntei a medo)
-Não dói nada.
- Tá, passa essa merda...
- Baixa a cuequinhas, por favor.
Foram dois segundos de choque extremo.
Baixa as cuecas…. como é que alguém diz isto sem antes pegar nas mamas? Mas o choque foi substituído por uma total redenção. Ela viu tudo, da badana ao cu. O que seria baixar a cuecas?
- Prontinha. Posso passar pó de talco?
- Pode, deixa a bicha grisalha.
- Tá linda! Pode namorar muito agora.
Namorar...namorar... eu estava com sede de vingança. Admito que o resultado é bonito, lisinho, sedoso. Mas dói e incomodava.
Queria matar as minhas amigas. Queria virar feminista, morrer peluda, protestar contra isso, queria fazer uma manifestação, criar uma lei anti-depilação cavada.
sábado, 5 de julho de 2008
O que será?
sexta-feira, 4 de julho de 2008
=) Beautiful =)
segunda-feira, 30 de junho de 2008
É Triste
sexta-feira, 27 de junho de 2008
Talvez não Saibam…
…que há automóveis que, além dos cavalos do motor, levam uma besta ao volante.
…que nunca devem deixar-se mísseis ou ogivas nucleares ao alcance das crianças.
…que a maior parte dos casais têm cama em comum e sonhos à parte.
…que os 10 melhores anos de vida de uma mulher ficam entre os 28 e os 30.
…que há pessoas que quando estão fartas de não fazer nada vão dormir… ou então em greve
Devagar e Devagarinho
domingo, 22 de junho de 2008
Vamos ao mercado!!!! :)
Ah pois é, mais um Mercado Medieval de Óbidos.
E o Clã Antunes, vai lá estar presente. O ano passado foi tudo vestido a rigor, para não pagar a entrada, este ano vamos ver no que dá.
Só de me lembrar da cerveja alemã, (acho que depois deste euro não a devia beber ainda me da azia), e dos licores dos nossos amigos Frades fico a contar os dias.
Agora é a hora dos recados:
Prima Adelaide, só vais se levares canela, nunca se sabe o que vai haver por lá e mais vale prevenir do que andares a pedir paus, de canela, em todas as barracas.
Prima Minda, vê lá se levas a gaita, de foles.
Primo Valter, será que desta vez não te baldas?
Oh não outra vez…
Compro jornais, todos os dias e ontem dei por mim também a dar uma olhadela por várias revistas femininas. E reparei que, todas elas têm o mesmo tema na capa. Não, não estou a falar na nova namorada do Cristiano Ronaldo, mas sim dos artigos sobre dietas. É incrível a quantidades de dietas que vem nestas revistas, ela é a dieta da sopa, das cores, das letras, da água, da lua, etc. Fogo…
Assim como um amigo meu sabe que o Natal esta para chegar quando vê a dar na TV o “Sozinho em Casa”, eu sei que o verão está a porta, quando há resmas de anúncios de comprimidos e aguas que fazem perder peso e tirar a fome.
Acho que perder uns quilos não faz mal a ninguém, mas querer perder peso a 1mês de ir para a praia? E o resto do ano, não conta?
Gosto de falar com quem tem a mania das deitas, pois da para me rir a pala de alguém.
Exemplo I :
Amiga:“O natal, o Fim de Anos e a Pascoa dão cabo de mim.”
Eu:”Então porque?”
Amiga:“engordo sempre, quando chega o verão tenho sempre 5Kg a mais..”
Eu penso:“hum… o problema, não é os feriados, é comeres que nem uma vaca o ano todo”
Exemplo II:
Amiga:“vou fazer dieta”
Eu:“Aí sim?! Então vais comer mais verduras e fazer ginástica é?”
Amiga:”não. Vou comer só fruta”
Eu:“hum… mas olha que só a fruta não chega.”
Amiga:“achas? Eu vou comer fruta e beber coca-cola”
Três vivas as dietas iô-iô. Onde se perde 3kg e se ganha mais tarde 6Kg
sexta-feira, 20 de junho de 2008
Guilty Pleasure
Todos temos aquela/s musica/s, que temos vergonha de admitir que gostamos. Sabem como é, estamos a falar de musica, e há um amigo que diz que “tal” musica é super pirosa. E o nosso cérebro grita “Alguma vez? Essa musica é tão fixe, como podes dizer uma barbaridade dessa?” mas… da nossa boca sai um “ sim, sim podes crer” e tentamos mudar o tema.
Agora a pergunta. Qual é a necessidade que temos de seguir a “carneirada”, de gostar do que os outros gostam? Qual é o mal de suspirar com o “Listen to your heart” dos Roxette, ou mesmo soltar a nossa alma sofredora com “Total eclipse of the heart” da Bonnie Tyler?
Agora a parte engraçada disto tudo, andei a falar com alguns membros do sexo masculino e … agora meninas fiquem pasmadas… dos 8 com quem falei assumem, a medo, que gostam ainda de Roupa Nova e sabem as letras e tudo, alias 5 desses 8, dizem mesmo que ficam emocionados com as musicas “Linda Demais” e “Volta pra Mim”. Sim, esta provado os homens também são sensíveis.
E eu? Qual é a minha musica “guilty pleasure”? É esta aqui: