quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Estamos a criar flores de estufa?


Estava a ver o telejornal, e como já é normal com a chegada do Natal, a DECO fez testes a brinquedos.
Ok. Eu sei que há que proteger as crianças mas tanto?
Olhando para a miudagem de hoje fico com pena deles. Pois apesar de terem 1001 brinquedos cheios de tecnologia, acabam por não serem crianças de verdade.
Exemplo:

- Para quê imaginar que uma escova de sapatos é um telefone quando aos 7 anos já se tem um telemóvel.
- Quantos miúdos brincam aos espiões, espiando a Velha dos Gatos que vive lá na rua ou aquele senhor que sai de casa sempre a mesma hora com um ar suspeito? Muito poucos, pois há tantos jogos de PC onde se pode ser espião.
- Será que ainda há alguma criança que sabe qual o sabor da cola UHU?

É deprimente saber que podemos estar a criar uma geração que não vai ser imaginativa, criativa, curiosa e inquisidora. Pois nunca teve de inventar brincadeiras, pois ou tem PC’s e consolas ou então estão inscritos em uma infinidade de actividades (karate, musica, natação, etc.)

Soltem as crianças, deixem que elas se sujem na lama, que descubram que as formigas picam na língua, que legos é brinquedos tradicionais podem dar horas de entretenimento.

Tenho um desafio.

Desafio, todos os adultos a ajudar um filho/filha, sobrinhos, primos… a fazer um carrinho de rolamentos e depois juntar-se a eles numa corrida louca rua abaixo.

“ah e se ele parte um braço ou uma perna?”

E!! qual é o problema?? Tudo bem que dói, mas depois há a parte boa, não escrever nas aulas, os amigos a carregas as nossas coisas e a fazer desenhos no gesso.

Toca a por estes miúdos a brincar, dediquem um fim-de-semana a uma criança em vez de irem passear para o centro comercial.

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