quarta-feira, 18 de junho de 2014

Carta para Vicent VIII

Olá Vicent,

Estive à pouco tempo a ver o filme "Evan Almighty" com o Steve Carell e o Morgan Freeman. O Morgan Freeman faz de deus e a uma certa altura diz o seguinte:

"“Quando oramos para Deus e pedimos paciência, Ele não nos dará paciência mas uma situação que requer paciência. Quando pedimos amor, Ele não nos dará amor mas uma situação que seja preciso amar..."

Apesar de achar que é um raciocínio lógico, eu reparo que peço amor e recebo alguém para amar, coisa que não me importo sabes disso. O chato é que essas pessoas que aparecem e que eu posso amar nunca estão disposta a retribuir.
É um bocado injusto não achas? Ok, sei que estou sempre a repetir a mesma coisa, que por mais sorte que tenha na vida, a minha vida amorosa digamos que... nunca foi nada boa. Não digo isto com ressentimento ou raiva, pois sei que amei e que em alguns casos também fui amada... mesmo que por um curto espaço de tempo.
Mas a bem da verdade é muito cansativo gostar sozinha... Se estou assim agora, se gosto (amo) de alguém? Não, tenho curiosidade em conhecer uma ou outra pessoa mas, não é amor ou um gostar perto disso. Mas para dizer a verdade eu quero, eu tenho necessidade de me apaixonar.
Mas para variar deveria de acontecer alguém se apaixonar por mim... isso é que era... "ah e depois tu não gostavas dessa pessoa!"... Então... eu não sou tão esquisita e para me conquistar também não é assim uma coisa tão complicada.
Mas ok... se estou a pedir amor, que venha então a situação que seja preciso eu amar, se for para ser amada de volta óptimo se for para gostar sozinha também não faz mal. Afinal como diz o "meu" António Gedeão:

Amor sem tréguas

É necessário amar,
qualquer coisa, ou alguém;
o que interessa é gostar
não importa de quem.

Não importa de quem,
nem importa de quê;
o que interessa é amar
mesmo o que não de vê.

Pode ser uma mulher,
uma pedra, uma flor,
uma coisa qualquer,
seja lá do que for.

Pode até nem ser nada
que em ser se concretize,
coisa apenas pensada,
qua a sonhar se precise.

Amar por claridade,
sem dever a cumprir;
uma oportunidade
para olhar e sorrir.

Bem por agora acho que é só, depois eu volto a escrever.
Beijos
Gosto de ti até ao céu as cores.

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